sábado, 16 de abril de 2011
O Som e a Fúria
Um texto
quinta-feira, 14 de abril de 2011
Menino x Tempo - Parte V
quarta-feira, 13 de abril de 2011
Amor
segunda-feira, 11 de abril de 2011
Menino x Tempo – Parte IV
Menino x Tempo – Parte III
Menino x Tempo – Parte II
Menino x Tempo – Parte I
sábado, 9 de abril de 2011
Fluir
Que o amor flui e cresce.
E nesse dia aprendi mais uma coisa.
terça-feira, 5 de abril de 2011
Devaneio celeste
segunda-feira, 4 de abril de 2011
quarta-feira, 23 de março de 2011
Os 5 minutos que faltam
Sentir calor é
sexta-feira, 18 de março de 2011
Do tempo e das horas e dos relógios
E como poderia as horas se repetirem? Era a pergunta que passava por sua mente. Duas vezes 12:12 num mesmo dia? Ora, o tempo voltou e zombou de mim? Era a pergunta que não calava nenhum segundo sequer. Era até então entendido que não se poderia viver dois tempos iguais num mesmo. Mas foi vivido. Mas, vejam, espere! Ah, tudo se resolveu e ficou claro. O relógio foi quem ficou doido e não o tempo que, mesmo não doido, sempre zomba da gente. A resposta é simples: o relógio estava atrasado em 1 hora e, por destino, os olhos quiseram ver a mesma hora com uma hora de atraso.
quinta-feira, 17 de março de 2011
Seguimento
E a vazia estante que é humana, sólida, espera conteúdo. E na espera o ser encantado que é humano, clama por justiça. Que julga o inocente e o culpa. E o piano de oito teclas, com oito sons, de oito vozes, que gritam num silêncio profundo por algum resquício de liberdade. Que foge entre os dedos dos mais fortes guerreiros. Que lutam em vão por um pedaço de glória e reconhecimento. Reconhecidos por quem não dá a mínima. Reconhecimento vazio, de seres vazios, numa estante com pratilheiras empoeiradas de sonhos e liberdade que escorre por entre os dedos de guerreiros que envelhecem em um mundo paralelo ao mundo que é real. Que engole o fraco, exalta o rico e deixa morrer os velhos. Que dormem em camas frias, num quarto frio, com um vento frio e vozes frias. Que dizem aos seus filhos que o sonho é erro. Que o sonho vira pó. Que o pó vira poeira numa pratilheira velha de uma estante vazia. E vazia segue inexorável. E o tempo, o velho vilão de outrora, que a tudo consome, que a tudo cinza, vazio deixa na estante vazia. O velho vazio temporal congestiona e empilha os pensamentos azuis celestes e sonhos empoeirados numa velha estante com pratilheiras empoeiradas de sonhos velhos mortos como pele pelo tempo. Que agora, depois de tanto tempo, nem é tão forte. O tempo de tão velho e de tão entediado acaba por morrer. E o que não foi dito vira pó. E o que foi dito vira pó. E o pó inalado por novos vazios rostos com semblantes vazios é alimento para corpos vazios e novos. E o velho sonho pó é de novo respirado. E o tempo novamente volta ao seu labutar eterno e infinito. Mas agora o tempo é dele. O tempo dele. No tempo dele. E o sonho que era menos agora é mais e mais. E a estante que de tão velha se confundia com a poeira que a possuía, agora é cheia, mas com espaços vazios. Agora a justiça é luta. E a luta é suor. E o reconhecimento que antes era vazio é cheio. E o reconhecimento é dos seus e de si. E a liberdade é sentida, mas não alcançada. É sentimento e não mais vazio que corre. E o piano de oito sons, com oito vozes, que gritam em silêncio profundo, é um berro estridente de sentimentos. E agora o ser sente e vê e sente e sente e fala e fala, pois sente. E sabe. Agora o vazio é sabedoria. É sabido que é do vazio que se preenche e se torna o cheio. E o cheio é meta. E o caminho é o cada dia. E a cada dia o sentimento e a vontade de sentir são mais fortes. E da força de se sentir e querer sentir e querer ser mais sem sentido, mas ser mais, e dessa falsa liberdade livre que se pode segurar e desses todos sonhos e todas as vontades de sonhos realizados e tudo isso, tudo isso, é o amor que pulsa num corpo que vive e que grita: eu quero vida!
domingo, 13 de março de 2011
Ciros
Um Q de perdição
Um tanto de loucura
Pitada de querer nada fazer
E imaginação a gosto
Um grande livro
Livro do que não se deve fazer
Explicando sem querer
Como e quando ser
Vontade. Ah, vontade!
Passa vem e passa vem
Fica! Estagna! Impregna!
Vicia! Envolve! Alicia!
Saber o gosto que se tem
Sem provar sua essência a nos saudar
É um alívio sentir a prova estando aquém
É um gosto lamber a vida sem exitar.
(Feito com A.)
TMOVAS
A branca de névoa e os sete cigarros
sexta-feira, 4 de março de 2011
A casa parecia a imensidão de seu coração [Cap. XI] - Busca
A casa parecia a imensidão de seu coração [Cap. X] - Encontro
A casa parecia a imensidão de seu coração [Cap. IX] - Entreato
Agora em casa, ele pensa no que se passou em seu sábado. Pensa em como é reconfortante deitar-se em sua varanda depois de um dia de exercícios com seu caiaque. Pensa no estranho mapa encontrado, porém, isso tudo é pouco. O que mais o excita é o fato de que agora tem uma espécie de encontro com uma menina que o atrai. Pensa no tempo perdido lamentando-se pelo que não tinha volta ou não tinha que ser. Lamentando-se por tudo o que era passado. Agora é diferente: há um futuro, ou pelo menos a ideia de um.
Ela, em casa, pensa apreensiva sobre seu pseudo encontro do dia seguinte. Como sempre, muito tímida, os questionamentos que vêm a sua mente são os mais tolos e simples, porém, os mais importantes. Como me vestirei? E se ele tentar me beijar? Maquiagem? Camiseta? E meus pais? Perguntas contrastadas com afirmações. Como ele é bonito! Talvez se usasse essa roupa ou aquela! Quanto mistério em seus olhos! Mas logo o sono chega e ela põe-se a dormir.
A casa parecia a imensidão de seu coração [Cap. VIII] - Delicadezas
“Sim, bem!”. Depois de um pequena pausa, ele a convida para sentar um pouco embaixo de uma árvore, ali, próxima. Caminham em direção à árvore como se ambos soubessem o que queriam, mas nada foi falado nos poucos passos.
Ela começa a conversa, de uma forma um tanto descuidada: “Você não teve culpa alguma do que ocorreu!” - silêncio - “Perdão!” - ela diz. Ele vê um certo começo de confusão em sua mente, mas o rosto dela quando confronta-se com a luz do sol se pondo o faz esquecer o que foi falado - “Sim, ela é muito linda!” - pensa ele. Agora, é tomado por um sentimento fraternal, pois lembrara-se que não mais havia afago em seus dias. Seria ela a resposta a tantos questionamentos?
“Você não fez nada!” - responde e prossegue: “Não há por quê pedir perdão!” - e com um sorriso sincero consegue acalmar Mahina que agora já consegue o fitar novamente. Começam, agora, a conversar sobre coisas corriqueiras, como faculdade, música, cinema e, sobre o que ele encontrara na choupana de seu avô.
“Nossa, um mapa?!” - espanta-se ela - “Mas, ele se refere a esse lago. Estranho, não?” - ele: “Sim, é! Muito estranho. E, é fácil de se guiar por ele. É como se não quisessem esquecer o que está indicado no mapa, pois se não, teriam feito enigmas ou coisas assim.” - retruca ele. “Vamos tentar?” - pergunta ela - “Claro que sim! Seria legal fazer isso com você. Porém, está um tanto tarde. Faremos isso amanhã, ok?”. Com a cabeça ela responde que sim e, é quando ouve a voz de seu pai a chamando para ir embora. Despedem-se com todo o cuidado, para que nada além do que era visto transparecesse.
quinta-feira, 3 de março de 2011
Hematoma
Quando pequena, Hema tinha um grande problema. Sim, era muito grande para pouca gente que ela era, afinal, eram seus 4 anos apenas. Hema não se entendia com os móveis da sua casa. Parece que eles faziam mudanças todos os dias. Hema sempre tropeçava, esbarrava em algum deles. Eles sempre impávidos colossos em seus lugares mutáveis e, a pequena Hema, sempre toma em seus membros golpes duros e roxos. Parece que eles diziam: Hema, toma! E lá vai Hema tomando um golpe e ganhando um hematoma.
Transparência
Menino um dia sonha acordado que queria que seu quarto fosse transparente. Também, haveria de ser diferente? É o dia mais longo dos dias, então, nada mais justo que ter um quarto transparente que voe por cima das gentes, e que lá em cima fosse fresco, tivesse vento. Então, através da tranparencia sólida das paredes ele veria todo o mundo inteiro e num piscar de olhos saberia que o mundo é bonito. E tudo é transparente no quarto voador transparente: há cadeiras transparentes, com mesa transparente, com piso tranparente. Dá até medo de cair de lá. Oras, onde já se viu ver através do chão. Mas o menino via, via tudo. E lá em cima, sim, em cima da sua casa, longe o suficiente para não ser visto e perto o suficiente para ver, e lá em cima, até o sorriso é tranparente. Sorriso de gelo. Gestos de gelo. Mas não é frio de coisa ruim que ele sente é frio de coisa boa, pois agora ele é dele mesmo, é ele com ele e com o tempo dele. Então, até a alma trona-se transparente. Dá pra ver verdade em tudo de tanta transparência. E ele chora lágrimas transparentes. Lágrimas felizes, pois agora ele sente a falsa liberdade transparente por entre seus dedos que apontam ao longe o mundo que seria transparente se todos conseguissem ver. Mas não vêem. E na sua transparente felicidade feita de gestos transparentes e sorrisos tranparentes com paredes transparentes que dão para um mundo que deveria ser transparente e com lágrimas verdadeiras transparentes, ele dorme na transparência da sua cama transparente olhando fixo para uma mancha no chão.
quarta-feira, 2 de março de 2011
Do Momento
Do Conforto
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
O Velho
sábado, 19 de fevereiro de 2011
Um Dia
terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
Sem Título
uns que trabalham muito
outros que não tem trabalho
alguns dizem estar bem
outros nem tanto
uns que a vida é dura
outros que não é tão difícil
alguns dizem estar bem
outros nem tanto
uns que não tem tempo
outros que já foi o tempo
alguns dizem estar bem
outros nem tanto
mas,
perdão aos que amam em vão
amar não se finge não
ou se sente ou se sente