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domingo, 20 de dezembro de 2009

Amor é Castelo

Para um mero transeunte a metáfora “Amor é um Castelo” não faria sentido algum. Os Castelos são construídos empilhando-se blocos de pedra, um a um. Com o Amor acontece a mesma coisa.

Cada peça encaixada corresponde a um sentimento que se faz necessário para se aprender a amar. Temos peças variadas: Paixão, Ódio, Ternura, Tristeza, Alegria, Confusão, Desejo, Medo, Coragem, Dúvida...

A cada peça empilhada, faz-se necessário também o uso de um bom cimento, algo que una todas elas em uma estrutura aparentemente sólida, ouça-me bem, aparentemente sólida, e nada melhor do que atribuir essa função à Confiança.

Haverá momentos em que virão tempestades, pois não é uma tarefa rápida, leva-se muito tempo o construir amor e, por isso, os maus momentos virão e quando acontecer é preciso um adicional ao cimento: a Paciência.

Um castelo tem muitos aposentos. Castelos têm torres e calabouços. Prisões. O Amor possui os seus grilhões. Rompê-los exige muito Desejo e Coragem. É preciso força sempre! Mas existem os cômodos de luxo, aposentos reais. São eles os bons e belos momentos que se tornam únicos e imutáveis.

As construções são suscetíveis à falha. Os blocos erguidos com as peças podem desmoronar. É preciso sempre reforçar os laços. Usar quantidades grandes de cimento. Saber reconstruir é necessário!

Porém, não é sempre que a vontade é de dois e, quando não, a cada peça retirada, uma imensa dor se faz presente no peito. Dia a dia, uma a uma. Todas retiradas com maestria e guardadas numa bela caixa. Prontas para serem usadas novamente na construção que é querer amar.

Desempilhadas e espalhadas pelo chão, todas as peças agora esperam ansiosas pela perícia de dois seres na busca do encaixe perfeito.

2 comentários:

  1. E algum dia isso há de acontecer! Belo texto, como sempre :) :**

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  2. Que texto lindo, e o poeta é mais lindo.
    Aí fica tudo perfeito (:

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